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Boa Vista - RR, 15 de junho de 2025 as 02:00

Ataques do Irã deixam 3 mortos e 82 feridos em Israel

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Irã e Israel mantiveram a troca de ataques aéreos durante a madrugada deste sábado (14), intensificando o confronto iniciado no fim da semana. Segundo a mídia israelense, os bombardeios atingiram áreas residenciais e instalações militares, matando três pessoas e ferindo ao menos 82. Do lado iraniano, veículos de imprensa relataram mais de 60 mortos, entre eles 20 crianças.

O confronto começou na noite de quinta-feira (12), quando o exército israelense lançou mísseis contra bases militares iranianas. Tel Aviv acusa Teerã de desenvolver secretamente armas nucleares e afirma que o país está “próximo” de obter seu primeiro artefato nuclear.

As forças israelenses miraram infraestruturas estratégicas, como a instalação nuclear de Natanz, um dos principais centros de enriquecimento de urânio do Irã. Os bombardeios também alvejaram esconderijos de líderes de alto escalão do regime. Na sexta-feira (13), Israel confirmou a morte de três militares iranianos de destaque:

ACONTECEU

Tel Aviv/Teerã – As Forças de Defesa de Israel lançaram, na noite de quinta-feira (12), uma ofensiva de grande escala contra o Irã, atingindo dezenas de alvos em Teerã e outras cidades iranianas. Segundo o Exército israelense, a operação tem como objetivo frear o avanço do programa nuclear iraniano, que, de acordo com Tel Aviv, já dispõe de material suficiente para a produção de várias bombas atômicas.

Em resposta, o regime iraniano prometeu retaliação imediata. “Israel e os Estados Unidos pagarão caro”, declarou o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, classificando o episódio como uma “declaração de guerra”. O Irã informou o lançamento de aproximadamente 100 drones contra território israelense como parte da reação inicial.

Principais alvos e mortes confirmadas

De acordo com autoridades israelenses, as ações concentraram-se em instalações nucleares e bases militares. Um dos principais alvos foi a usina de Natanz, considerada o coração do programa de enriquecimento de urânio do Irã. O aeroporto militar de Tabriz, no noroeste do país, também foi atingido. Antes da ofensiva aérea, drones teriam sido utilizados pelo serviço secreto israelense (Mossad) para desativar defesas iranianas.

A TV estatal iraniana confirmou a morte de duas importantes figuras militares: Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária, e Mohammad Bagheri, chefe das Forças Armadas. Também morreram os cientistas nucleares Mohammad Mehdi Tehranchi e Fereydoon Abbasi.

Segunda fase da ofensiva e reação internacional

Na madrugada desta sexta-feira (13), Israel iniciou a segunda fase dos ataques, atingindo novos alvos estratégicos com dezenas de aeronaves. A operação foi ordenada diretamente pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que afirmou que “Israel não permitirá que o Irã desenvolva armas de destruição em massa”.

Apesar da ofensiva, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) declarou que a central de enriquecimento de Natanz não foi atingida e que os níveis de radiação seguem dentro da normalidade. A entidade expressou preocupação com o risco de vazamentos e alertou para a possibilidade de um desastre ambiental, caso a situação se agrave.

Contexto do conflito

As tensões entre Israel e Irã remontam à Revolução Islâmica de 1979, quando Teerã rompeu relações com Tel Aviv e passou a apoiar grupos armados como Hamas e Hezbollah. A crescente preocupação de Israel com o desenvolvimento nuclear iraniano tem alimentado o temor de um conflito aberto nos últimos anos.

Segundo o governo israelense, o Irã acumula atualmente urânio suficiente para produzir até 15 bombas nucleares, sendo que um terço desse volume foi enriquecido nos últimos três meses. A AIEA já havia censurado o país por falta de transparência um dia antes do ataque.

Posição global

A comunidade internacional reagiu com cautela. Enquanto União Europeia, ONU, Reino Unido e Alemanha pediram contenção, China e Rússia condenaram duramente os ataques israelenses. A França reconheceu o direito de defesa de Israel, mas apelou pela desescalada. Os Estados Unidos negaram qualquer envolvimento direto na operação militar, embora tenham sido informados com antecedência.

No Brasil, o Ministério das Relações Exteriores condenou o ataque e advertiu para o risco de um conflito de grandes proporções. Em nota oficial, o Itamaraty pediu o fim imediato das hostilidades.

Com o avanço da ofensiva e o tom das ameaças entre os dois países, cresce o temor de uma escalada regional que possa envolver outras nações do Oriente Médio e comprometer a estabilidade global.

Fonte: emtepom.com.br