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Boa Vista - RR, 4 de novembro de 2025 as 13:27

tensão no Caribe cresce, mas guerra direta ainda é descartada

Fotos: KAMIL KRZACZYNSKI e Federico

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Em entrevista à 60 Minutes, o presidente americano Donald Trump afirma que duvida de um conflito, mas diz que os dias do presidente venezuelano Nicolás Maduro “estão contados”

Em meio ao reforço militar mais expressivo dos Estados Unidos no Caribe em décadas, o presidente Donald Trump disse nesta segunda-feira que “duvida” que os EUA entrem em guerra com a Venezuela, mas afirmou acreditar que os dias de Nicolás Maduro no poder estão “contados”.
Questionado pela rede de televisão americana sobre a possibilidade de um conflito direto, Trump declarou: “I doubt it. I don’t think so. But they’ve been treating us very badly.”
A entrevista ocorre em meio a uma escalada militar em torno da Venezuela: os Estados Unidos enviaram navios de guerra, caças, bombardeiros, drones e tropas para o Caribe, e realizaram ataques contra embarcações supostamente ligadas ao tráfico de drogas. Segundo analistas, trata-se do maior destacamento militar norte-americano na região desde a crise dos mísseis de 1962.
O governo americano justifica a ação como parte de um combate ao tráfego de drogas e à atuação de organizações criminosas que estariam operando a partir da Venezuela.
Do lado venezuelano, Maduro acusa Washington de buscar uma mudança de regime sob o pretexto da luta contra o narcotráfico e adverte que o país está em “máxima preparação” para defender sua soberania.
Apesar da retórica alarmante, a ausência de confirmação pública de planos de ataque em solo venezuelano e a própria declaração de Trump indicam que uma guerra convencional ainda não é iminente. A atenção agora se volta ao que ele chamou de “fase em terra” da campanha e como isso será conduzido sem provocar um conflito direto aberto.
Para os analistas, o desafio americano reside em equilibrar o objetivo declarado de interromper o fluxo de drogas com o risco de envolvimento militar profundo, que poderia gerar instabilidade regional, custos elevados e repercussão internacional.
Entretanto, o fato de o presidente dos EUA declarar que acredita no fim do mandato de Maduro sinaliza que, mesmo sem guerra declarada, a pressão sobre Caracas entra em uma nova etapa — mais agressiva e multifacetada.

Redação