13 de junho de 2025
A PCRR (Polícia Civil de Roraima) por meio do 4º DP (Distrito Policial) deflagrou na manhã desta quinta-feira, dia 12, uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão em duas residências e um escritório de advocacia, do advogado R.H.S.S., de 31 anos. A ação ocorreu nos municípios de Boa Vista e Alto Alegre e faz parte de uma investigação que aponta o advogado como suspeito de crime de estelionato, cujos prejuízos às vítimas ultrapassam R$ 1 milhão.
A operação contou com o apoio da Delegacia de Alto Alegre, sob coordenação do delegado Vinícius Quadros, e foi acompanhada pela Comissão de Prerrogativas da OAB/RR (Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Roraima), que fiscalizou o cumprimento das diligências. No total, 14 policiais civis participaram da ação, que contou ainda com o apoio do delegado do 4° DP, Guilherme Peres.
De acordo com o delegado Thiago Alexandre de Oliveira Leite, responsável pela operação, o advogado é acusado de utilizar a sua atividade profissional para aplicar golpes, oferecendo falsos acordos judiciais com promessas de lucros altos, rápidos e garantidos.
As investigações apontam que as vítimas eram induzidas a acreditar em negociações judiciais inexistentes. A proposta consistia na aquisição de créditos judiciais supostamente já reconhecidos pela Justiça, com promessa de pagamento em até 25 dias.
Em investigações, segundo o delegado, foi possível constatar que o acusado apresenta processos falsos, sentenças judiciais falsas e pede pagamento antecipado, alegando que as vítimas teriam retorno financeiro de 50, 70, até 100% num período muito curto de 20 dias, 30 dias, 40 dias.
O delegado representou pelas buscas domiciliares e requereu também, pela suspensão cautelar do registro profissional do investigado na Ordem dos Advogados do Brasil, medida que foi deferida pela 1ª Vara Criminal de Boa Vista.
Durante o cumprimento dos mandados em Boa Vista, nos bairros Cauamé e Mecejana, e na sede do município de Alto Alegre, foram apreendidos documentos e equipamentos eletrônicos.
Segundo o delegado, os prejuízos causados às vítimas já ultrapassam R$ 1 milhão.
Ele criou uma espécie de pirâmide financeira virtual. Ou seja, a fraude funcionava assim: ele chegava a pagar a compensação para as pessoas e o indivíduo reinvestia o valor. Além disso, falsificava as minutas de acordos judiciais. Ainda segundo o delegado, o acusado chegou a aplicar o golpe até mesmo em um amigo de infância.
O delegado Thiago Alexandre alerta a população para este golpe que tem sido aplicado por pessoas que se passam por advogados ou intermediários que apresentam processos e sentenças judiciais falsas com retornos altos de lucro.
É uma promessa muito tentadora, mas tudo não passa de uma fraude. Procure um advogado de sua confiança e desconfie sempre quando a pessoa não apresentar documento verdadeiro, documentos incompletos, principalmente prints.
As investigações, a partir de agora, entrarão em uma nova fase que é a análise de todo o material apreendido, que passará por perícia.
SECOM RORAIMA
Texto: Ascom/PCRR
Fotos: Ascom/PCRR
Fonte e imagens: POLÍCIA CIVIL DA ASCOM/PCRR– Leia a matéria completa aqui